Há os que em Portugal gozam de um estatuto de impunidade a todos os títulos pornográfico.
Já o disse e repito.
Há quem nesta terra não seja chamado à pedra por NADA (com maiúsculas e negrito) que faça ou diga.
São coisas... Há quem nasça com sorte.
O mais recente - e também reincidente - artista da asneira foi o Ministro dos Transportes e Obras Públicas, Mário Lino.
(Engenheiro ele próprio inscrito na Ordem, como em dichote lançado ao incompleto senhor Pinto de Sousa fez questão de chalacear perante plateia. Acrescente-se que sem ter sido corrido de funções! Aí está a sorte de alguns e o azar de outros!...)
Abriu a boca o cavalheiro para dizer que um novo aeroporto na margem Sul do Tejo nunca!
Que seria "faraónico [...] fazer o aeroporto na Margem Sul, onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, nem indústria, comércio, hóteis", isto é, literalmente: "um deserto".
E logo um coro de vozes (com as mais variadas motivações) se fez ouvir contra a asneada do ministro em questão.
Figurinhas, figurões, partidos, movimentos, todos apareceram no terreiro, até o culminar da figura elevada a instituição do Buzinão na Ponte.
(Que consta nas páginas da mitologia tuga como responsável certo dia pela queda de um Governo.)
O que é incontornável é a alarvidade do ministro.
...Que pode dar o dito pelo não dito, rectificar, acrescentar (que retirar a bacorada mesmo que involuntária não é próprio da sua constituição).
O que é certo, como naquele boneco do Gato, é que para o senhor Ministro a Ota - e arredores, claro! - é uma metrópole com gente aos milhões, estruturas, serviços, etc., uma autêntica loucura em condições de enxerto...
Acontece que para mim a ministerial bojarda do "deserto" não tem qualquer relevo, perante o resto que o senhor disse e que nem a (redundantemente chamada) "comunicação social" nem a (pleonasticamente chamada) sociedade civil pegaram para ferrar dente.
Na altura em que, desesperado, deixou sair por orifício aberto a peregrina tese do "deserto", permitiu-se também o cavalheiro comparar as construções do aeroporto na Ota ou no "deserto" com as situações de dois senhores.
Um que não "tivesse um braço, não tivesse uma perna", andasse todo torto "mas que lá ia vivendo"; e um outro que tivesse duas pernas e dois braços, que falasse e visse bem, que tivesse aparentemente boa saúde, mas tivesse também "um cancro nos pulmões" que o desse como "condenado".
Ora, nem me maço a apontar a idiotice de defender um plano de investimento público massivo num projecto sem membros, desequilibrado, mas que lá vá "vivendo"!!
(Ainda que me revolte a forma ligeira como o dinheiro que dou a ganhar ao País mereça uma gestão deste nível de leviandade...)
O que verdadeiramente me enoja é a forma como são contados na palma da mão os trocos de um espírito débil, sem a mínima reacção de repulsa por uma sociedade acéfala.
Desde os doentes no geral, aos deficientes ou aos cancerosos, todos foram usados pelo senhor Ministro no seu arrazoado, como quem chafurda numa malga sem modos nem recato.
Quando EM PORTUGAL (com maiúsculas e negrito) - que é onde estamos e vivemos - são titeritados pela retórica de um bruto a doença, a morte, a sobrevivência, a dignidade do cidadão tantas vezes vítima da sua condição, sem a mínima perturbação das belas consciências, é um País inteiro que está doente. Muito doente.
Profundamente doente.
Longe os idos de uma era em que por ter contado em público uma mórbida anedota sobre a morte de hemodializados em Évora por contaminação de alumínio um Ministro do Ambiente, o aveirense Carlos Borrego, se viu forçado a demitir-se do Governo da Nação.
Hoje, ...nada!
Nem a contestação, nem a censura, nem oposição que se veja. (Nomeadamente de um inexistente Marques Mendes, líder do PSD nacional actual e à data da miserável anedota do Ministro Borrego líder da secção aveirense que o viu cair!)
Assim o Ministro percorre a passerelle da política, incólume, superior, provocante, apoucando quem reage...
Assim é apoiado na boçalidade por um "histórico" (já não me lembro bem de quê), Almeida Santos, com a terrorista argumentação de que "um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes", que devemos supor que pudessem um dia ser "dinamitadas" - sempre sem o menor escândalo social.
Assim sobressaem uns outros pobres de espírito, sem gosto nem caco, que em tudo se assemelham ao demente Ministro - excepto já na exausta originalidade.
Apontamento final: cuidado, que o mundo é redondo.
Por tal, o Presidente da República assinalou a passagem do 10 de Junho em Setúbal: Dia de Portugal no "deserto".
Oásis a que o senhor Pinto de Sousa teve de se deslocar para ser vaiado a rigor por uma mão cheia de ululadores de ocasião.
Por tal, surge - finalmente - neste blog um vídeo que anda há uma data de tempo no YouTube, que já fez a rota dos mails e que até esta data tinha resistido a colocar aqui por razão de algum pudor.
Já o disse e repito.
Há quem nesta terra não seja chamado à pedra por NADA (com maiúsculas e negrito) que faça ou diga.
São coisas... Há quem nasça com sorte.
O mais recente - e também reincidente - artista da asneira foi o Ministro dos Transportes e Obras Públicas, Mário Lino.
(Engenheiro ele próprio inscrito na Ordem, como em dichote lançado ao incompleto senhor Pinto de Sousa fez questão de chalacear perante plateia. Acrescente-se que sem ter sido corrido de funções! Aí está a sorte de alguns e o azar de outros!...)
Abriu a boca o cavalheiro para dizer que um novo aeroporto na margem Sul do Tejo nunca!
Que seria "faraónico [...] fazer o aeroporto na Margem Sul, onde não há gente, onde não há escolas, onde não há hospitais, onde não há cidades, nem indústria, comércio, hóteis", isto é, literalmente: "um deserto".
E logo um coro de vozes (com as mais variadas motivações) se fez ouvir contra a asneada do ministro em questão.
Figurinhas, figurões, partidos, movimentos, todos apareceram no terreiro, até o culminar da figura elevada a instituição do Buzinão na Ponte.
(Que consta nas páginas da mitologia tuga como responsável certo dia pela queda de um Governo.)
O que é incontornável é a alarvidade do ministro.
...Que pode dar o dito pelo não dito, rectificar, acrescentar (que retirar a bacorada mesmo que involuntária não é próprio da sua constituição).
O que é certo, como naquele boneco do Gato, é que para o senhor Ministro a Ota - e arredores, claro! - é uma metrópole com gente aos milhões, estruturas, serviços, etc., uma autêntica loucura em condições de enxerto...
Acontece que para mim a ministerial bojarda do "deserto" não tem qualquer relevo, perante o resto que o senhor disse e que nem a (redundantemente chamada) "comunicação social" nem a (pleonasticamente chamada) sociedade civil pegaram para ferrar dente.
Na altura em que, desesperado, deixou sair por orifício aberto a peregrina tese do "deserto", permitiu-se também o cavalheiro comparar as construções do aeroporto na Ota ou no "deserto" com as situações de dois senhores.
Um que não "tivesse um braço, não tivesse uma perna", andasse todo torto "mas que lá ia vivendo"; e um outro que tivesse duas pernas e dois braços, que falasse e visse bem, que tivesse aparentemente boa saúde, mas tivesse também "um cancro nos pulmões" que o desse como "condenado".
Ora, nem me maço a apontar a idiotice de defender um plano de investimento público massivo num projecto sem membros, desequilibrado, mas que lá vá "vivendo"!!
(Ainda que me revolte a forma ligeira como o dinheiro que dou a ganhar ao País mereça uma gestão deste nível de leviandade...)
O que verdadeiramente me enoja é a forma como são contados na palma da mão os trocos de um espírito débil, sem a mínima reacção de repulsa por uma sociedade acéfala.
Desde os doentes no geral, aos deficientes ou aos cancerosos, todos foram usados pelo senhor Ministro no seu arrazoado, como quem chafurda numa malga sem modos nem recato.
Quando EM PORTUGAL (com maiúsculas e negrito) - que é onde estamos e vivemos - são titeritados pela retórica de um bruto a doença, a morte, a sobrevivência, a dignidade do cidadão tantas vezes vítima da sua condição, sem a mínima perturbação das belas consciências, é um País inteiro que está doente. Muito doente.
Profundamente doente.
Longe os idos de uma era em que por ter contado em público uma mórbida anedota sobre a morte de hemodializados em Évora por contaminação de alumínio um Ministro do Ambiente, o aveirense Carlos Borrego, se viu forçado a demitir-se do Governo da Nação.
Hoje, ...nada!
Nem a contestação, nem a censura, nem oposição que se veja. (Nomeadamente de um inexistente Marques Mendes, líder do PSD nacional actual e à data da miserável anedota do Ministro Borrego líder da secção aveirense que o viu cair!)
Assim o Ministro percorre a passerelle da política, incólume, superior, provocante, apoucando quem reage...
Assim é apoiado na boçalidade por um "histórico" (já não me lembro bem de quê), Almeida Santos, com a terrorista argumentação de que "um aeroporto na margem sul tem um defeito: precisa de pontes", que devemos supor que pudessem um dia ser "dinamitadas" - sempre sem o menor escândalo social.
Assim sobressaem uns outros pobres de espírito, sem gosto nem caco, que em tudo se assemelham ao demente Ministro - excepto já na exausta originalidade.
Apontamento final: cuidado, que o mundo é redondo.
Por tal, o Presidente da República assinalou a passagem do 10 de Junho em Setúbal: Dia de Portugal no "deserto".
Oásis a que o senhor Pinto de Sousa teve de se deslocar para ser vaiado a rigor por uma mão cheia de ululadores de ocasião.
Por tal, surge - finalmente - neste blog um vídeo que anda há uma data de tempo no YouTube, que já fez a rota dos mails e que até esta data tinha resistido a colocar aqui por razão de algum pudor.
Mas o mundo é mesmo redondo.
E nem sequer os camelos se furtam à universal lei.
Por isso por cá esperaremos, por isso continuamos aqui.
Sem comentários:
Enviar um comentário