SECÇÃO "ESCRITA EM DIA"
Com uma miséria de tempo destas, já se fazem sentir as saudades da Feira do Livro e dos passeios curiosos por entre as barraquinhas coloridas...
...Onde por vezes se encontram tão singelos exemplos de ficção.
Mas bem visto já só falta um ano para a próxima.
16/06/07
Ficção
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3 comentários:
Então agora que estamos quase no Verão, não sabe tão bem dar uma giradinha pelo Parque, e3spreitar, descobrir livros que se não pensava alguma terem existido...
Depois aqueles anoiteceres com alguns saquinhos na mão (alguns, porque o deficit aperta) sabem tão bem
Viva a Feira do Livro!!!
Viva!
A Feira que faz um País lorpa gastar horas (!!!!!) na SUA cultura.
A Feira que ressuscita periodicamente um belíssimo espaço verde moribundo no corpo da capital.
A Feira em que uma vez por ano se compra algodão doce, pipocas de aquário, torrão de Alicante, quaijadas de Sintra ou outra qualquer iguaria tradicional-industrial hipercalórica.
A Feira em que a heterogeneidade é quase total: gente de todas as raças e origens, sexos e orientações, credos e filiações, ascendências e estatutos, festejam numa amálgama colorida a democracia. Apenas manchada pela exclusão cultural em que persistimos.
A Feira que proporciona todos os anos a diversão familiar de tentar adivinhar onde é que estará montado o stand da APEL para fazer consultas de títulos com que se quer começar a visita ao certame.
A Feira que nos faz rever caras que não víamos há muito e que se não fosse assim talvez nunca reencontrássemos.
A Feira que, apesar de não se ler tanto quanto durante um ano inteiro se desejaria, nos permite actualizar o nosso livrismo, a nossa bibliofilia, mal se entra no recinto com o entusiasmo de uma criança na loja de doces.
A Feira que nos permite dar de caras com cromos que escrevem best-sellers que são uma vergonha e fazer chacota com o facto de terem a lata e a pachorra de estarem uma tarde inteira plantados debaixo de um chaparro portátil a "dar autógrafos".
...
Uma Feira tão especial que um destes dias acabam com ela...
Então, Pedro meu amigo? Estacaste nos pensamentos do velho Sócrates?
Vá lá, homem, muita coisa aconteceu desde então; vê tu bem que até nós, pobres portugueses, temos o nosso Sócrates de estimação... (só espero que me não processem...).
Portanto, avante companheiro (ai ai ai) de blogue e brinda-nos com os teus textos deliciosos (com muito sal e pimenta).
Aquele abraço
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