09/10/07

O Fim do Início

Não tenho - sequer paciência, quanto mais - jeito para andar atrás de ninguém a pregar-lhe a virtude.
Cada um sabe de si e se não violar aquilo que é mais elementar no trato com os outros (i.é, comigo também ), não me terá à perna a moralizar-lhe os actos.

E quando, para mais, todas as famílias vivem felizes com isso melhor ainda.

Já o previa, num certo post que lá vai, que o "caso Scolari" acabara no momento em que começou.
E não me enganei.

Depois das cenas que vimos, repetidas à náusea, e da aplicação da pena
de uns trocos mais 4 jogos, Scolari - e a FPF - mexeu (-ram) os seus cordelinhos na Comissão de Recursos da UEFA e conseguiu (-iram) a atenuação do castigo para três jogos.
Depois de uma sessão de beijinhos e abraços com o jogador sérvio (a quem tentou ir ao farol) e de uma barradela de banha, Scolari conseguiu a vitória mínima da redução de um jogo - altura em que, porventura, voltará ao banco de uma selecção já morta e enterrada no apuramento para o Euro - e "acredita ter reabilitado um pouco o seu nome e imagem".

E a vida continua....
Tudo na maior.

Faz-me lembrar o caso passado de uma história de televisão, em que um "jovem" de uma ganadaria lá para o norte deu uma patada numa sujeita, chocou o País e não acabou preso nem sequer vilão, apesar da ajuda que me deu - a mim e aos que têm por "obrigação" educar miúdos nas escolas - na formação de personalidadezinhas tenras sem deformações nem anomalias.

Só acho piada é que estes episódios ocorram ao mesmo tempo das campanhas - essas sim! - moraliseiras para reduzir a violência doméstica, nas escolas, na sociedade ou sobre nós próprios...

E se fôsseis todos dar um grande banho ao cão?

3 comentários:

Jaime A. disse...

Nem sei bem o que escreva. O folclore que se criou à volta do seleccionador foi o costume... Ele tinha de ser castigado e foi. Talvez não tanto como se esperaria (houve atenuantes, claro. Parece que lhe insultaram a família, mas isso não é razão para...). Além do mais, pelo cargo que ocupa, o senhor tem de ser o primeiro a dar o exemplo.
Agora aquelas repetições "até à náusea" é que desmoralizam, mais, banalizam o grave!
Pior, só mesmo aquela do moço que deu a patada na amiga (no tal programa) e se tornou um ídolo naquela estação, passando até (pasme-se) a comentador de serviço desse programa.
Conclui-se: agrido alguém e tenho a sorte da minha agressão passar na TV; logo, faço um ar de grande arrependimento e passo a figura nacional sabe-se lá com que direitos entretanto adquiridos.
Terão sido estas as mudanças nas mentalidades que foram objecto de trabalho de tantos pensadores, pedagogos, etc.?

Jaime A. disse...

No entanto, acrescento: o senhor Scolari sempre demonstrou uma educação, uma verticalidade (até moral); a sua atitude deixou-nos a todos boquiabertos. Calculo que tenha sido excepcional aquilo que fez; não o desculpa, mas ajuda a entender a sua "praxis" após o sucedido. Para mim, Scolari sai de toda esta confusão com a sua reputação intacta. Crime/castigo, eis tudo e tudo se esgota nesse binómio.

Anónimo disse...

pimbollin é matraquilho...hihihihihi
está fixe o seu blog stor