11 de Setembro.
Um dia que não passará (nunca mais) despercebido.
Já uma coisa diferente será a forma como se comportam hoje, como evoluíram algumas consciências (dando como certa a sua existência...) dos caminhos do mundo e da sua leitura desde "o" 11 de Setembro. O de 2001.
Não me refiro aos minutos de silêncio.
Nem às palavras de circunstância, aos lamentos, aos "repúdios", às racionalizações ou aos votos de esperança.
Refiro-me aos "americanos" de há cinco anos.
Aos Kennedys-fécula de batata, aos neo-solidários, aos humanistas encartados pelo monopólio da razão europeia.
Aos que diziam a 11 de Setembro de 2001, mais em terror que em simpatia, "hoje somos todos americanos".
O que é feito desses?
Que é feito deles após a reeleição de George W. Bush?
Após a incapacidade americana para exorcizar por mediação envergonhada o fantasma terrorista do mundo ocidental?
Após a intervenção no Iraque.
Após Guantanamo.
Após cinco longos e recheados anos...
Onde estão eles? Os "berlinenses" da ética?
Ainda estão por aí? Ainda se aguentam no posto?
Terão tido a coerência, a vontade, a coragem de continuar "americanos" no dia do Pearl Harbour das gerações ainda vivas? (O número de vítimas foi similar, a surpresa, a violência, a marca na história, ...)
Eu estou ainda aqui.
Sei que estou.
Sem arrependimentos nem complexos.
Crítico, mas firme.
Hoje sou, ainda, um pouco americano.
11/09/06
Hoje, "somos todos americanos"?
Continentes à Deriva
Berço da democracia,
Pelo Mundo fora
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3 comentários:
Hoje eu sou muito humano e nada americano.
Sou muito pessoa do mundo e nada só de um País.
"O mundo mudou..." assim começava a adaptação cinematográfica da saga de Tolkien. Para nós esse dia foi 11/9.
Hoje, Americanos. Sempre, Livres.
... e, na verdade, tudo seria muito mais verdadeiro se fossem apenas pessoas e não americanos ou, em outras datas, ingleses ou espanhóis. a dor e a revolta são sempre as mesmas como o são em qualquer altura do ano, sempre que a memória nos trair, independentemente das datas a assinalar.
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