29/09/06

PSP

falei disto a dada altura.
Portanto, não
nos percamos mais.

Foi noticiada uma marcha de polícias que se realizou ontem, de protesto e apoio aos seus colegas banidos pelo MAI.

Os polícias mostraram a sua indignação pelo facto de agentes medalhados e com louvores, com uma vintena de anos de serviço e em desempenho regular até agora, terem sido corridos da corporação por terem falado demais, em questões polémicas - derivadas da sua acção sindical.

Repito, já falei disto e não vou repetir-me.

Anoto apenas duas evidências.
A força do corporativismo - que tanto se condena na praça pública em relação a alguns sectores profissionais - e a manipulação sindical - de quem se diz outro tanto.

Estiveram presentes na marcha perto de 40 agentes.
40!
Para se insurgirem contra uma realidade (supostamente) insuportável à classe de insulto e atropelo.

Seriam mesmo?... Um insulto e uma indignidade sentidos?, digo.
Haveria?, o melindre e a revolta?
Não seriam eles mais fortes que a pachorrice e a desresponsabilização lusitanas - mesmo no que nos toca - talvez.

Tenho a minha opinião.
De que sim. Que razões havia. (Sob certas condições eu próprio lá teria estado.)
Mas não se pode ir a todas. E cada um tem as suas.

Fica o risível.
Das decisões políticas (no mau sentido) tomadas a esmo sem controlo nem oposição, das diligências de uma Justiça que desarma o cidadão (Providências Cautelares interpostas a propósito estão pré-comatosas), do sindicalismo que, como dizia alguém, não conta (mesmo) com os melhores, da sociedade, e dos seus sectores que a constituem, alheados, indiferentes, queixinhas, desleixados, nulos.

Mais passos atrás.

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