Tudo muito previsível. Tudo muito familiar.
O Orçamento de Estado acabou sendo aprovado.
O Orçamento de Estado acabou sendo aprovado.
Como qualquer maioria com meios para o fazer, a maioria aprovou-o, as oposições contestaram e ensacaram a viola, e, vá lá, não apareceu nenhum indigente que entalado entre uns e os outros manjasse os restos da mesa...
Como sempre (...nem o povo já se espanta), as escolhas duvidosas para o comum dos mortais de quem as pode fazer - que afinal, quem pode, pode. Os fiéis gatos escondidos com o rabito de fora, que ajudam a guiar a mão hesitante e trémula dos gestores da coisa pública (por mais que sejam negados...). As calculadelas marotas de números, cifras, parcelas - demasiada areia para o comum cidadão - que por obras de magia tanta volta dão e redão que acertam no que convém! As sólidas bases com que os caminhos se traçam...
Desfilaram como é uso, aos olhos de um País que nem por isso parou.
Mas a proverbial descrença do povão nos seus eleitos, a secreta reticência nas manobras e nos jeitos, que mesmo que não transpareça lá habita em hibernação, estancou com um abanão.
Foi bem lindo de se ver como as vozes mais insólitas se coiraram sem rubor na ladaínha crescente do caminho inevitável.
E o povão, tranquilizado, ficou mais sossegadito, um pouco mais optimista, que a vida anda tremida...
Que se não for o Governo a ressuscitar em nós a partilha e a comunhão, o espírito de família, de Natal e de cristãos, Portugal é frio e triste, sem a sua governação.
Abençoados governantes, que velam pelo nosso bem.
Extremosos pais do povo, que com sua sabedoria e com sua inspiração hão-de fazer desta coisa uma espécie de Nação.
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