Há 26 anos atrás deu-se um dos acontecimentos mais marcantes da história política portuguesa. A queda em Camarate do avião em que viajavam o Primeiro-Ministro português Francisco Sá Carneiro, a sua companheira Snu Abcassis, o Chefe de Gabinete António Patrício Gouveia, o Ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa e os dois pilotos do aparelho.
26 anos de intrigas, influências, manobras, desvalorizações e insultos à memória (perfeitos sinónimos...) foi o tempo que levou a um País o confirmar da "tese" de atentado na noite de 4 de Dezembro de 1980.
Uma "tese" defendida pelos mais tenazes, honrados e insuspeitos dos proponentes, mas que ainda assim não mereceu mais que o desdém dos párias, a complacência com estes da Justiça e a escandalosa passividade dos políticos.
Hoje, a "tese" confirma-se, por fim.
Mas só porque a boca imunda de um dos implicados - um dos antecipados, reconhecidos, tolerados, triunfantes, inimputáveis implicados - se abriu com escárnio e desplante para assumir a sua parte na matança...
Hoje a "tese" confirma-se, sem surpresa nem brilho.
Já sem utilidade sequer?...
Espancada e violada na rua a democracia para vergonha dolorosa de todos.
04/12/06
Pilares da memória
Continentes à Deriva
Coutada do pensamento,
O Polvo Unívoco jamais será vencívoco,
Patriotismo,
PSD,
Sociedade da Nação
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1 comentário:
mais uma chave d'ouro...
há muito que me irrita esta natural(?) tendência - obrigação? - para retomar esta questão na altura que o calendário marca - mas n as consciências de muitos - como se se tratasse de uma mera data, sendo que, depois, tudo redunda em esquecimento. naturalmente fruto das convicções de quem sempre acreditou no óbvio, tv necessidade de alguma (in)consciência mais pesada...
e se, para alguns, é "outra vez?", para outros, "estes tipos tanto mexem..." para aqueles que sempre tiveram essa convicção, repito, é a tristeza. pelo que foi, pelo que representou, representa e, creio, representará qd se pensa no futuro do país, pela impunidade de quase uma vida, pelo quase vazio que se instaurou dd então, apenas preenchido no quase por alguns retalhos pouco convincentes. e mm que a nossa vergonha n o seja efectivamente, donos de uma consciência muda, dirigida a surdos e a cegos, - será? - há esta dor do "como teria sido" e "porquê", sendo q, esta última, n cabe no mais viável argumento do "ora, claro..." mas pq é uma vergonha nacional. parabéns pela simplicidade e precisão.
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