Aí está.
Rápido e em força, o "Governo" retalia em função da afronta que o "Passeio do Descontentamento" constituiu para si e para o Estado.
"Dez sargentos da Força Aérea vão ficar detidos nas respectivas unidades, a partir de amanhã e durante cinco a sete dias, depois de concluídos os processos disciplinares que foram abertos por terem participado no chamado «Passeio do Descontentamento»".
Rápido e em força, o "Governo" retalia em função da afronta que o "Passeio do Descontentamento" constituiu para si e para o Estado.
"Dez sargentos da Força Aérea vão ficar detidos nas respectivas unidades, a partir de amanhã e durante cinco a sete dias, depois de concluídos os processos disciplinares que foram abertos por terem participado no chamado «Passeio do Descontentamento»".
O atribulado "passeio", contra os cortes orçamentais na Defesa e a sua gestão, teve lugar em Novembro do ano passado, com centenas de militares a "passear" na Baixa.
Dignamente. No respeito pelos regulamentos que os proibem de se "manifestar".
Sem os alaridos nem as palhaçadas festivaleiras que é hábito ver neste tipo de momentos.
O "passeio" acabou com A Portuguesa e o apelo ao Governo para abrir o diálogo com as associações de militares sobre as opções de Defesa Nacional do "Governo".
Olha ao que eles foram apelar!...
O "passeio", e a maneira como se lhe pegou, começou logo mal de princípio, com a sua peregrina proibição pelo Governo Civil de Lisboa, "por os organizadores não terem comunicado [a «manifestação»] no prazo legal de dois dias".
Os militares, que nunca tiveram intenção de "manifestarizar" o seu protesto rua abaixo até à Praça do Comércio, decidiram realizá-lo na mesma.
Transformando-se o "passeio", que se nunca fora ingénuo tão pouco fora o que se fazia parecer, numa forma deliberada de pelo menos fazer cair os seus participantes em desobediência à ordem do Governador Civil.
Pela desobediência e pelo facto de se terem apresentado fardados alguns dos "passeadores", logo o "Governo" se apressou a reagir.
Atacando a vertente civil o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, veio dizer que sendo a "manifestação" "ilegal", teriam lugar "consequências disciplinares", e pela vertente militar o Ministro da Defesa, Severiano Teixeira, reforçou "face à participação na iniciativa de alguns militares no activo fardados" que há "regras muito claras [...] a esse respeito" e que "aqueles militares que infringirem as regras assumem naturalmente a responsabilidade".
E com que ficamos nós em mãos?
Haverá quem me diga: "um «Governo» que corta a direito, que não cede, que não vacila nas suas opções, que faz frente a qualquer que seja a corporação que defenda os seus privilégios...".
Mas eu penso sempre naquela máxima de o paranóico ser a única pessoa que tem razão.
E vejo neste tipo de atitude pesporrenta, autoritária, intimidatória e repressiva a queda de um regime democrático às mãos de uma corja sectária, produzida em laboratório segundo as normas universais do politicamente correcto, da eugenia modernista e da plutocracia doutrinante.
Claro que são teorias da conspiração, claro!
Claro que o que aconteceu aos agentes da PSP que caíram na tentação de exercer a crítica sindical das atitudes do "Governo" é mera coincidência.
Mas... e não for?
E se o "direito à indignação" do avô Soares (fosse isso o que fosse...) tivesse sido revogado por decreto sem nos terem dito nada?
E se o último reduto da participação cívica: o protesto, tivesse sido já tomado de assalto na calada da noite?
E se a derradeira reserva moral e física dos direitos dos cidadãos - as forças policiais e militares - face aos usurpadores da democracia, estivessem a ser drenadas da sua força anímica vital?
E se um mero décimo disto for real?...
O "Governo" da Nação decidiu reprimir os militares que, mesmo por obrigação moral, brio e orgulho casterense, não se acobardaram em mostrar que neste País não somos todos feitos de sebo. Tentando paralisar-lhes a vontade.
Porque neste combate, imobilizar é vencer.
Não importa que fazendo-o se fragilize a soberania da Nação e o resppeito por nós mesmos.
Nada importa.
Dignamente. No respeito pelos regulamentos que os proibem de se "manifestar".
Sem os alaridos nem as palhaçadas festivaleiras que é hábito ver neste tipo de momentos.
O "passeio" acabou com A Portuguesa e o apelo ao Governo para abrir o diálogo com as associações de militares sobre as opções de Defesa Nacional do "Governo".
Olha ao que eles foram apelar!...
O "passeio", e a maneira como se lhe pegou, começou logo mal de princípio, com a sua peregrina proibição pelo Governo Civil de Lisboa, "por os organizadores não terem comunicado [a «manifestação»] no prazo legal de dois dias".
Os militares, que nunca tiveram intenção de "manifestarizar" o seu protesto rua abaixo até à Praça do Comércio, decidiram realizá-lo na mesma.
Transformando-se o "passeio", que se nunca fora ingénuo tão pouco fora o que se fazia parecer, numa forma deliberada de pelo menos fazer cair os seus participantes em desobediência à ordem do Governador Civil.
Pela desobediência e pelo facto de se terem apresentado fardados alguns dos "passeadores", logo o "Governo" se apressou a reagir.
Atacando a vertente civil o Ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira, veio dizer que sendo a "manifestação" "ilegal", teriam lugar "consequências disciplinares", e pela vertente militar o Ministro da Defesa, Severiano Teixeira, reforçou "face à participação na iniciativa de alguns militares no activo fardados" que há "regras muito claras [...] a esse respeito" e que "aqueles militares que infringirem as regras assumem naturalmente a responsabilidade".
E com que ficamos nós em mãos?
Haverá quem me diga: "um «Governo» que corta a direito, que não cede, que não vacila nas suas opções, que faz frente a qualquer que seja a corporação que defenda os seus privilégios...".
Mas eu penso sempre naquela máxima de o paranóico ser a única pessoa que tem razão.
E vejo neste tipo de atitude pesporrenta, autoritária, intimidatória e repressiva a queda de um regime democrático às mãos de uma corja sectária, produzida em laboratório segundo as normas universais do politicamente correcto, da eugenia modernista e da plutocracia doutrinante.
Claro que são teorias da conspiração, claro!
Claro que o que aconteceu aos agentes da PSP que caíram na tentação de exercer a crítica sindical das atitudes do "Governo" é mera coincidência.
Mas... e não for?
E se o "direito à indignação" do avô Soares (fosse isso o que fosse...) tivesse sido revogado por decreto sem nos terem dito nada?
E se o último reduto da participação cívica: o protesto, tivesse sido já tomado de assalto na calada da noite?
E se a derradeira reserva moral e física dos direitos dos cidadãos - as forças policiais e militares - face aos usurpadores da democracia, estivessem a ser drenadas da sua força anímica vital?
E se um mero décimo disto for real?...
O "Governo" da Nação decidiu reprimir os militares que, mesmo por obrigação moral, brio e orgulho casterense, não se acobardaram em mostrar que neste País não somos todos feitos de sebo. Tentando paralisar-lhes a vontade.
Porque neste combate, imobilizar é vencer.
Não importa que fazendo-o se fragilize a soberania da Nação e o resppeito por nós mesmos.
Nada importa.
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