09/03/07

Aguentem-se...

...que é o que eu faço.
Desculpem lá a franqueza, mas perante a relevante efeméride, cá vai post.

Hoje o Tio Cavaco é bébé - gu-gu, gu-gu - faz um aninho.
Com um ano é um inconsciente. Mas como deve estar babada a Tia Maria Primeira, de ver o seu menino elevado a estandarte da Nação... Com toda a gente de roda "Claro, sô Presidente", "Atão não, sô Presidente...", "Ó sô Presidente, puramor de Deus"...
Que orgulho não deve ser...

(Aliás, a Tia Maria é o mais perto de ter uma Primeira Ministra que chega a Presidente da República que o satus quo vai permitir nos próximos séculos!)

E olha... aguentem-se!
Aqueles do "perigo para a democracia", os do "papa-bolo-rei", os dos "cantos d'Os Lusíadas", etc. Esses todos, que agora meteram a viola no saco.
Aguentem-se! Que é o que eu faço.

Desde que percebi que o Tio Cavaco não era uma corrente de pensamento político que chegaria - inevitavelmente - a Belém. (Muito menos uma corrente eléctrica, que pusesse esta coisa a mexer.)
Desde que percebi - partidices à parte - que o que se poderia chamar Cavaco Presidente era um projecto de realização pessoal e não o corolário de um percurso contextual de experiência e prática política.
Desde que percebi que, dadas as infelizes alternativas, Cavaco Silva seria sempre o merecedor do meu voto presidencial.
Aguentei-me.

Como me aguento agora. Perante um Presidente (falto de corrente) que se limita a constitucionalizar a sua intervenção política. Que a um País em tensão se limita a sugerir comer pipocas enquanto os resultados são gerados pela elite "reformista" do rectângulo.

Aguentem-se.
Afinal são só mais quê?... 4? 9 anos?...

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