A noite televisiva de Domingo foi mesmo um espanto.
Não estivesse o vídeo tão encostado e teria sido coisa para mais tarde recordar...
Poucas vezes uma emissão televisiva terá tido um ambiente tão de cortar à faca.
Várias tinham sido já as dicas de que Salazar ganharia a noite (isto é, de que a RTP - em primeiro lugar - ia ter de engolir um sapo XXL) e todos se foram comportando durante o serão como preparados para que acontecesse o que acabou por acontecer.
Começando pelo evidente pânico de Maria Elisa.
Com a larguíssima rodagem que tem nestas coisas, hesitou, gaguejou em frases de cinco palavras, justificou-se e ao programa diminuindo-lhe o peso da votação que produziria - deselegantemente, diga-se, depois de ter andado meses a impingir ao País a chamadinha patriótica a €0,60...
...Desculpou-se, tentando absurdamente descolar-se do resultado da sondagem que aconteceria no SEU programa - como se hoje alguém normal a carimbasse de fascista por ter abrilhantado a azarada soirée -, chamando a si a resistência cívica ao resultado que a dada altura viu irremediavelmente consumado.
Espectáculo triste.
Passando pelos dichotes dos presentes, muito "antisalazaristas".
Ana Gomes, rudimentar e rasteira.
Leonor Pinhão, supletiva e supérflua.
Odete Santos, endemoninhada e enfadonha.
Acabando no "defensor" de Salazar, Jaime Nogueira Pinto...
(Que partindo do princípio que um homem daqueles não se "obriga" a ir ali fazer um papel daqueles, deve ter tido com a experiência dos meses mais lamentáveis da sua vida.)
...Que procurando defender o indefensável "Grande Português" de Santa Comba acabou por largar uma pérola próxima de "foi positivo para os povos africanos lutarem contra Portugal para obter a independência, porque assim cimentaram uma noção de Estado que vizinhos seus que receberam mais facilmente a independência ainda hoje não têm"!
"- Então munt' óbrigadinho!..."
Não estivesse o vídeo tão encostado e teria sido coisa para mais tarde recordar...
Poucas vezes uma emissão televisiva terá tido um ambiente tão de cortar à faca.
Várias tinham sido já as dicas de que Salazar ganharia a noite (isto é, de que a RTP - em primeiro lugar - ia ter de engolir um sapo XXL) e todos se foram comportando durante o serão como preparados para que acontecesse o que acabou por acontecer.
Começando pelo evidente pânico de Maria Elisa.
Com a larguíssima rodagem que tem nestas coisas, hesitou, gaguejou em frases de cinco palavras, justificou-se e ao programa diminuindo-lhe o peso da votação que produziria - deselegantemente, diga-se, depois de ter andado meses a impingir ao País a chamadinha patriótica a €0,60...
...Desculpou-se, tentando absurdamente descolar-se do resultado da sondagem que aconteceria no SEU programa - como se hoje alguém normal a carimbasse de fascista por ter abrilhantado a azarada soirée -, chamando a si a resistência cívica ao resultado que a dada altura viu irremediavelmente consumado.
Espectáculo triste.
Passando pelos dichotes dos presentes, muito "antisalazaristas".
Ana Gomes, rudimentar e rasteira.
Leonor Pinhão, supletiva e supérflua.
Odete Santos, endemoninhada e enfadonha.
Acabando no "defensor" de Salazar, Jaime Nogueira Pinto...
(Que partindo do princípio que um homem daqueles não se "obriga" a ir ali fazer um papel daqueles, deve ter tido com a experiência dos meses mais lamentáveis da sua vida.)
...Que procurando defender o indefensável "Grande Português" de Santa Comba acabou por largar uma pérola próxima de "foi positivo para os povos africanos lutarem contra Portugal para obter a independência, porque assim cimentaram uma noção de Estado que vizinhos seus que receberam mais facilmente a independência ainda hoje não têm"!
"- Então munt' óbrigadinho!..."
Um ambiente de hospício coroado com apoteótico final...

Uma coisa destas, uma espécie de programa que alargou em sondagem, que retraiu para concurso, que terminou apelidado de "passatempo", produziu o resultado mais mirabolante, mais espectacular, mais escandaloso, mais inacreditável, o mais inadmissível em democracia: 60,1% de votos válidos - isto é: perto de 96.000 pessoas - reconhecendo como "Maior Português" um de dois homens cujo ideal político para Portugal foi o de um País agrilhoado.

Episódio sombrio da História que por conveniência de todos a todos convém arrumar como um pesadelo imaterial de uma noite de Primavera.
...E como a sorte dos malandros é muita porque muitos tem a obrá-la, na segunda-feira o DN não trazia senão uma amostra de notícia na primeira sobre o assunto, ...e o resto foi nada.

Hoje, o episódio já lá vai, sem grande alarido, que notícias há muitas, e o que dá dinheiro mediático é vender papel novo e não papel reciclado.
"Mais vale"; acha Portugal.
Que perguntarmo-nos nos olhos que coisa é esta que somos hoje...
Bem pode a RTP insistir em vai-não-vira plantar no header da página do "Grande Salazar" o general Humberto Delgado, que o mal está feito e não dá para desfazê-lo.

Muito pasto do mesmo, para bucho de Pequenos Portugueses.
1 comentário:
É infinita a estupidez do português!
Só há uma conclusão a tirar desta palhaçada:
O resultado obtido deve-se sobretudo ao que se fez (e ao que não se fez), desde o 25 de Abril até hoje!
Agora e para não destoar, andamos todos perder mais tempo a dissertar sobre o assunto.
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