16/11/06

A um pequeno português

Parabéns a este homem. E só...

Aos 84 anos Saramago alcançou o improvável.
Os píncaros do máximo reconhecimento literário, confrontado com o discurso de um douto popularismo barroco desconfortavelmente moderno.
A fama do homem e do escritor das liberdades, à pendura com o alforge de um pensamento missionário, prosélito e decadente.
O enaltecimento pela verticalidade e pela coerência do serviço à frágil República, a alguém que lhe virou costas num capricho cobarde, não tolerando as escolhas e as mudanças de um País livre, que o tolera ao limite do bom-gosto e do bom-senso.

Um homem que um povo generoso e humilde insiste em assinalar em festa.
Quando o contrário não acontece.

A história não se conta toda hoje. Aqui.

Hoje, parabéns e só.

Sem comentários: