16/11/06

Batem leve, levemente...

Alguém viu esta notícia?

Segundo ela, o consumo de "drogas leves" "pode conduzir à amputação de membros ou mesmo à morte celular contínua".
É o que afirma Armando Mansilha, um português a coordenar o “European Registry of Training Centers”.
O professor e investigador da Faculdade de Medicina do Porto afirma que o consumo deste tipo de drogas actua "de forma lenta mas progressiva".

Essa é a parte fácil de perceber.
Difícil de perceber é nesta notícia a conjugação de palavras "Contrariamente ao que normalmente se pensa, não são apenas as drogas 'pesadas', como heroína e cocaína, que provocam doenças de foro vascular mas também as chamadas 'leves'".

É que para "jornalismo a sério" (...) esta conjugação peculiar soa muito a cantiga do bandido.
"Contrariamente ao que normalmente se pensa"?!?... O que é que isto quer dizer exactamente?

"Normalmente"?!
"Pensa"?, quem?!...

Eu não penso isso. Nunca pensei.
Por isso é que me oponho, como sempre, às despenalizações, liberalizações ou lá o que querem, de "drogas leves".

Por ser demasiado evidente e antecipável uma "conclusão" destas!

A quem pode aproveitar uma notícia destas, desculpabilizadora, que mete toda a gente no mesmo saco do "pensa-se" (portanto é normal) para não se salientar ninguém, é quem possa estar entalado por obra da sua grande bocarra em relação ao tema.
Um algué
m - todos os alguéns - que possa já ter assumido compromissos populistas nesta matéria e agora precise de mão amiga que lhe alije a carga.

Não sei... Eventualmente...
Alguma juventude partidária, ou algum partido político...
Será?...


Mas lá que a notícia dá jeito, isso dá!

1 comentário:

Anónimo disse...

pois é! é por isso que as eleições são populares, democratas e outros... é para que exista alguém que pense por nós em 1ª pessoa e que, contestado ou confrontado, possa sempre dizer que a vontade é, também ela, popular, sendo ele um seu mero representante. responsabilidade, responsáveis? o que é isso? e não é, claramente, um também mero aproveitamento das particularidades da nossa língua. o indeterminismo(?) existe e prolifera.